24 ago 2022
AMAZÔNIA VIVA ALIMENTA

Agricultores familiares do norte de MT passam por formação sobre gestão de projetos

Autor: Assessoria de Comunicação

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A agricultora familiar Antônia Soares de Brito Oliveira planta, colhe e comercializa frutas. Caju, cupuaçu, maracujá, acerola em polpa e in natura. Tudo na sua propriedade, que fica no município de Carlinda, na região norte de Mato Grosso.

Ela é uma das participantes do projeto Amazônia Viva Alimenta (AVA), por meio da Cooperativa Mista de Pequenos Agricultores do Setor Cana (Compasc). O AVA selecionou 15 organizações comunitárias em 9 municípios da Amazônia mato-grossense.

Na última semana, foi realizado o 2º módulo da formação em Gestão Democrática, Viabilidade Econômica, Gestão de Projetos e Justiça de Gênero, em Alta Floresta, Mato Grosso.

Desta vez, os agricultores e agricultoras familiares foram instruídos sobre a gestão de seus recursos e de seus projetos.

“Essas formações trazem para gente o mundo lá fora. Porque se a gente fica só na comunidade, na cooperativa, a gente vai ficando amortecida. Quando você sai, troca essa ideia, troca essas experiências com as pessoas, é uma riqueza sem tamanho”, disse Antônia.

A assessora de projetos da Cooperação e Apoio à Projetos de Inspiração Alternativa (Capina) explicou que a formação é um espaço diverso que aposta em linguagens lúdicas que façam sentido para os diferentes contextos e realidades dos grupos participantes.

“É construído coletivamente entre todas as pessoas e grupos envolvidos, valorizando todas as experiências e histórias de vida em um processo que tem como um dos principais focos dinamizar exercícios que chamam a atenção para modos de gestão mais democráticos”, disse.

A assessora programática da Fundação Luterana de Diaconia (FLD), Angelique Van Zeeland, explicou que neste módulo foram avaliados como os grupos estão fazendo a gestão de seus projetos, o que já foi possível realizar até agora e o que ainda está em andamento, além da análise dos desafios encontrados até então.

“A ideia é fortalecer os projetos, os grupos de mulheres e as organizações para que tragam novas perspectivas, novas questões para ver, como as mulheres estão envolvidas na gestão do projeto e como se desdobram na gestão do empreendimento”.

Para a técnica do programa de Negócios Sociais do Instituto Centro de Vida (ICV), Benedita Mendes, as formações são importantes para o fortalecimento das associações, que ganham mais autonomia durante o processo.

“A gente tem olhado principalmente para o fortalecimento das mulheres. Essa autonomia é importante. A organização saber que tem esse recurso, e o grupo decidir o que fazer com o recurso. As mulheres se empoderam para poder gerir esse recurso da forma que elas quiserem, da forma que elas acham que vai gerar crescimento, tanto individualmente como de forma coletiva”, explicou Benedita.

O AVA

O AVA é uma iniciativa coordenada pelo Instituto Centro de Vida (ICV), em parceria com a Cooperação de Apoio a Projetos de Inspiração Alternativa (Capina) e a Fundação Luterana de Diaconia (FLD). O projeto tem financiamento da União Europeia.

Foram selecionadas organizações da agricultura familiar que sofreram impacto durante a pandemia da Covid-19. Os grupos de mulheres produtoras são um dos focos do projeto.

Ao longo dos próximos 3 anos, a expectativa é que os empreendimentos recebam incentivos, capacitações e investimentos para que possam se fortalecer economicamente e ocupar espaços dentro de canais de comercialização.

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